Don't pretend to be like everyone else.
Just be yourself.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Chiado

O sol batia-lhe na face ruborizada do calor do entardecer daquele dia de Primavera.
Os cabelos dourados caiam-lhe sobre os ombros. A sua beleza era sobrenatural; à luz do pôr-do-sol os seus  traços imaculados eram imensamente realçados àquela mística luminosidade da cidade lisboeta.
Os lábios, eram arrebatadoramente apetitosos, num tom vermelho escuro entre abertos como que esperando alguém.
Os olhos, verdes azeitona, observavam misteriosamente toda a multidão que se movimentava “maquinalmente” por entre as ruas do Chiado.
Apesar da sua inigualável e estonteante beleza a sua face assumia uma expressão enigmática como que escondendo algo de obscuro por detrás daquela inexplicável perfeição.
Vestindo uma leve blusa rosa choque e uns jeans justos, sobressaindo as suas formas corporais, assumia-se por entre a multidão como alguém frágil, desnorteado até. Mas nada lhe garantia que estaria correcto; ele apenas a observava duma esplanada bebendo um copo de tinto com o cigarro por entre os dedos.
Quem seria aquele ser pragmático? De onde viera tal deusa? 

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