Don't pretend to be like everyone else.
Just be yourself.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ser humano


É inacreditável como ao mesmo tempo que estamos num profundo silêncio a nossa mente pode estar tão barulhenta, tão agitada com imensas ideias e pensamentos. Somos capazes de criar situações hipotéticas, de viajar centenas, milhares, milhões de quilómetros sem sequer nos darmos conta de que o estamos a fazer.
Contrariamente áquilo que se pode dizer, é indiscutível que o ser humano é uma das criaturas mais fantásticas que existem na face da terra, senão mesmo o ser mais fabuloso que algum dia existiu. Algo que me surpreende em nós é a nossa própria necessidade de estarmos ligados a alguém, a nossa necessidade de nos inserirmos numa sociedade. A nossa coletividade.
Estabelecemos relações inacreditáveis com outros seres humanos. Ligações tais que através de uma força inexplicável nos fazem estabelecer relações sentimentais muito mais fortes do que se poderá imaginar. Sofremos porque outros sofrem. Rimos quando outros riem. Somos felizes se os outros também o forem.
Mas existe algo que me confunde… Sendo o Homem o ser mais inteligente do Mundo, o único racional e, por vezes, tão individual e egoísta; que sentido terá ele ser tão dependente de quem o rodeia? Que sentido terá ele sentir a necessidade de se integrar numa coletividade?
Não será senão a constante necessidade que o Homem sente em ter sempre alguém para com quem partilhar as suas ideias, com quem poderá ter os mesmos sonhos, com quem usufruir da sua própria vida. Necessitaremos sempre de alguém que nos apoie nos piores momentos, que nos alerte e avise quando estivermos perto de cair. Que sonhe tão alto como nós. Que não fuja, que permaneça. Alguém que leia os nossos olhares sem necessitar sequer de uma única palavra. Alguém que seja nosso cúmplice. Necessitaremos sempre desse cúmplice.  


     

sábado, 19 de maio de 2012

Mundo Hoje


É incrível como a imagem que considerávamos como adquirida de uma pessoa se desmorona por completo em simples segundos. Tudo por causa de um gesto, de um movimento em falso; tudo por umas meras palavras cuspidas da boca para fora que, no entanto, demonstram o verdadeiro ser de quem as pronuncia.
Mas como poderemos ser nós tão ingénuos ao ponto de nos podermos enganar deste modo em relação àqueles que nos rodeiam? Como poderá ser o Mundo hipócrita até este ponto?
Choca-me a apatia com que as coisas são levadas hoje em dia, como a sociedade age com uma total naturalidade a factos como: a corrupção, a fome, a guerra. Sim, porque actualmente consideram-se esses factos como algo consumado e contra o qual nada se poderá fazer. Simplesmente observar.
Interrogo-me acerca de que sociedade estaremos a construir, se o rumo que o Mundo está a tomar será o correcto. Porém, para quê questionar-me acerca disso?! Sou demasiado jovem para isso. Dizem.
Mas aí está o problema, eu caminharei, caminho, para um futuro; viverei num futuro, e esse futuro que se me apresenta não será aquilo com que eu sonhei. Não corresponderá às expectativas que eu tenho.
Dizem-me que tempos difíceis foram os dos meus avós, que com a globalização tudo melhorou. Contudo a cada dia que passa a realidade torna-se cada vez mais deplorável devido a valores, os quais são escassos, para não dizer mesmo inexistentes, nas sociedades actuais.
Hoje, a vontade de enriquecer sobrepõe-se a tudo e todos e nada nem ninguém se opõe a isso. A ganância fala mais alto.
Um Mundo denominado de aldeia global deveria tender par o bem de todos, para uma sociedade equilibrada, saudável. Solidária. Mas não, o egoísmo reina nos dias de hoje e cada um está por sua conta.
Aqueles que muito provavelmente consideramos como amigos não o serão, talvez antes amigos de ocasião seria a expressão mais correcta para ser utilizada.
Desiludo-me ao saber que os juízos de valor que sempre me foram ensinados  enquanto criança, não são postos em prática. Que afinal a solidariedade, a amizade, a justiça, a igualdade não existem. São apenas fruto de imaginações minhas, de uma sociedade que nunca existiu nem nunca existirá. Um sonho que nunca se concretizará.
E sendo assim interrogo-me: Serei eu que estarei errado?