Don't pretend to be like everyone else.
Just be yourself.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Manhãs do quotidiano

Sem a sua presença, o ar não sabia ao mesmo.
Na sua ausência o ar ficava desprovido do inigualável sabor que ela adicionava aos locais aquando da sua passagem.
Era um ser estranho, porém dono de uma beleza ímpar. Os seus olhos, num tom verde azulado, remexiam por entre a multidão esperando o metro das nove horas. Os seus lábios semicerrados e, como sempre, num subtil tom de rosa eram constrangedoramente belos, perfeitos. O cabelo, como de costume, pouco penteado pela saída à pressa de casa como era habitual, com o seu misto de loiro e moreno, davam-lhe um ar místico como se de um ser sobrenatural se tratasse.
Dia após dia ele lá se encontrava observando-a de longe sem dar nas vistas. Decorando cada movimento seu; imaginando como seria; como se chamaria, que vida teria.
E tudo isto fazia parte dos seus quinze minutos rotineiros naquela pequena estação de metro embutida, sabendo-se lá como, entre os esgotos daquela imensa cidade.

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